domingo, 24 de novembro de 2019


EDUCAÇÃO E INTERNET



No fórum de discussão do componente Educação e Tecnologias Contemporâneas sobre o tema Educação e Internet, o vídeo do sociólogo Manuel Castells postado no AVA chamou muito a minha atenção, pois discorreu sobre a necessidade de transformar a Escola e as concepções educacionais ainda vigentes. Neste vídeo, Manuel Castells afirma que usar as TICs apenas como um arsenal instrumental não irá promover de fato transformação. Além disso, chamou muito a minha atenção também o fato de que a nova geração, conectada em rede,  experimenta a interatividade de uma forma diferenciada das gerações anteriores e com isso desenvolve a habilidade  de recombinar informações e criar conhecimento novo, diferindo da habilidade de memorização que sempre foi supervalorizada. A partir disto, é possível inferir, então, que, no âmbito da educação, precisamos nos apropriar de forma CRÍTICA  e CRIATIVA das TICs. Caso contrário, continuaremos a ser reprodutores e não PRODUTORES de cultura e conhecimento. 
A sustentabilidade na relação entre material impresso e digital


Há poucos dias, no componente Educação e Tecnologias contemporâneas, aconteceu um seminário interessante sobre Impressos e Educação. A partir desta experiência aprendi coisas novas sobre o tema e foi novidade para mim a informação de que o material digital pode gerar, em algumas situações, impacto maior ao meio ambiente. Por isso, quero compartilhar aqui o link para o blog do escritor Sergio vilas-Boas sobre o tema: https://sergiovilasboas.com.br/thinking/os-jornais-e-a-sustentabilidade/
Liberação das emissões sonoras na cibercultura

O Podcast é um conteúdo de mídia, no formato de áudio, feito sob demanda, disponibilizado de forma online.  E, a partir da cibercultura, com a liberação do polo emissor, o ouvinte pode transformar-se em emissor, enquanto que na rádio convencional, há a necessidade das licenças governamentais. Desta forma, com as novas tecnologias e velocidade da internet, pode-se dizer que o podcast ao propor novas formas de relação de escuta e produção de áudio irá substituir o rádio?
Para André Lemos, " [...] não se trata, nos diversos fenômenos contemporâneos, de extinção ou aniquilamento de formatos e meios. A atual revolução das formas de emissão sonora pela tecnologia digital e pelas redes telemáticas não irá fazer desaparecer o rádio massivo (AM ou FM, mesmo que a forma de emissão seja digital). Poderíamos até pensar, em um futuro próximo, em um tocador conectado diretamente `a internet. Nesse caso não estaríamos voltando ao streaming das atuais rádios AM/FM? No caso da emissão de rádio massiva e da emissão à la carte do podcast, mantêm-se desejos de personalização e de customização que os dois modelos oferecem de forma a enriquecer a paisagem comunicacional contemporânea. A questão é complexa e exige um pensamento que não funcione por exclusão, mas por adição. A lógica da cibercultura não é o “ou” mas o “e”.





Ensino Superior a distância

A demanda por educação permanente e continuada, somada a insuficiência do sistema presencial para atender esta procura, produziu um aumento significativo na EAD. Porém, este crescimento  implica fomento de mecanismos institucionais que garantam a qualidade dos diversos cursos, visando a real democratização da Educação. Logo, continua sendo  um desafio o desenvolvimento de políticas públicas capazes de fomentar mudanças nos cenários educacional brasileiro, em especial no contexto de formação de professores. Neste sentido, compartilho aqui para reflexão uma matéria atual publicada em outubro de 2019 e intitulada Ensino Superior a distância: crônica de uma farra anunciada.







Pensando sobre planejamento em EAD e os sujeitos da aprendizagem (professor e aluno)


A vida na sociedade contemporânea é marcada pela liberação do polo emissor. A possibilidade, então, de produzir conhecimento, para além do modelo de consumo de informação tradicional, tem impactado o próprio campo da Educação. Considerando estas questões, penso que dois aspectos são fundamentais em qualquer planejamento de cursos na modalidade EAD online. O primeiro aspecto diz respeito ao fato de que o aluno precisa ocupar a posição de sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem. Por outro lado, o professor precisa também desvincular-se da postura tradicional de detentor e transmissor de conhecimento,  mediando situações de ensino-aprendizagem, assim como, problematizando questões que possibilitem a construção e produção de conhecimento de forma colaborativa.






Avaliar na EAD é diferente de avaliar na educação presencial?

No contexto da avaliação na modalidade a distância, quando comparada à modalidade presencial, penso que a principal diferença são os instrumentos selecionados e utilizados, ao considerarmos que a EAD prescinde de espaço físico e tempo determinados. Na EAD online, por exemplo, que conta com as TIC´s e os AVAs, destaca-se um importante instrumento de avaliação, o fórum de discussão, que é uma interface assíncrona que possibilita a interatividade. Logo, o fórum inaugura, no âmbito da EAD, um espaço de construção de aprendizagem colaborativa. Mas, penso ainda que isso não caracteriza o fórum como um recurso a ser utilizado exclusivamente na modalidade a distância, podendo, quando possível, ser utilizado também na modalidade presencial.



terça-feira, 22 de outubro de 2019

Software Livre e formação de professores: para além da dimensão técnica 


O texto tem por objetivo definir o conceito de software livre, discutindo a ideia basilar das quatro liberdades, estabelecendo ainda relação com a formação de professores e as suas potencialidades.

"[...]Uma vez público o sistema que explicita todas as rotinas de processamento do software livre, é possível estudar, modificar, aperfeiçoar e socializar novamente o mesmo, num processo ininterrupto, e com a participação de todos aqueles que tiverem interesse no foco de atuação desse software.
As quatros liberdades dos usuários de software - liberdade para executar o programa, para qualquer propósito; liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades; liberdade de redistribuir, inclusive vender cópias, de modo que possa colaborar com a comunidade de desenvolvedores e com a sociedade em geral; liberdade de modificar o programa, e liberar estas modificações, gratuitamente ou não[...].Garantidas essas liberdades, institui-se uma dinâmica de produção e liberação de software, numa perspectiva coletiva e colaborativa. Em virtude disso, usar, se familiarizar, contribuir, produzir e socializar esses sistemas, ou seja, participar do movimento software livre, vai além de sua dimensão técnica, implica questões políticas, filosóficas, culturais e de gestão do conhecimento. Ir além da dimensão técnica significa, em primeiro lugar, que o software livre caracteriza-se como um movimento social, que se situa no plano político, e tem a liberdade como princípio fundamental".


Para mim que estou fazendo licenciatura em pedagogia, a discussão do tema foi bastante enriquecedora. Compreendi que a concepção de software livre, no âmbito da educação, está vinculada a uma filosofia educacional colaborativa, que tem por princípio a socialização de conhecimentos.

BONILLA, Maria Helena Silveira. Software Livre e formação de professores: para além da dimensão técnica in: FANTIN, Mônica; RIVOLTELLA, Pier Cesare (orgs.). Cultura digital e Escola: pesquisa e formação de professores. Campinas: Papirus, 2012, p. 253-282.



EDUCAÇÃO E INTERNET No fórum de discussão do componente Educação e Tecnologias Contemporâneas sobre o tema Educação e Internet,...